sábado, 6 de dezembro de 2014

Iluminação de Natal em Lisboa

É incrível como o que nos é transmitido em criança, conscientemente ou não, nos molda pela vida fora. Os rituais que existiam e que na altura não atribuíamos importância, mais tarde estamos nós a fazê-los, levando desta vez os nossos filhos. 

São muitos os exemplos, como o levar a minha filha aos tecidos Vidal, passearmos na baixa e lanchar na Nacional, comprar lãs na Brancal, ir de propósito à Pollux à procura de algo específico, independentemente de termos a mesma coisa perto de casa ou ter que ir religiosamente todos os anos à feira do livro e subir e descer o Parque Eduardo VII várias vezes, mesmo que não exista nenhum livro para comprar (o que não acontece seguramente) e ter que comer um gelado sentada na relva e no fim uma fartura, mesmo que não tenha fome. 

O mês de dezembro iniciava-se com as iluminações de Natal. Era uma alegria sair depois do jantar para passear na baixa, ver a iluminação e ficar literalmente com o nariz encostado à montra dos brinquedos dos Armazéns do Chiado e do Grandela. A juntar a tudo isto, logo de manhã começava toda a aventura do presépio e da árvore de Natal: apanhar o musgo, desembrulhar todas as figuras, fazer montes e vales, rios e lagos em cima de uma cómoda e preparar as fitas, bolas e luzes da árvore. 

Hoje não vamos apanhar musgo, a árvore é mais pequena e moderna, o presépio é muito mais simples mas, a 1 de dezembro impreterivelmente a árvore é feita, a decoração de Natal é colocada pela casa e o presépio sai da caixa até ao dia 6 de janeiro. Como não podia faltar, na primeira oportunidade, lá vamos ver a iluminação de Natal e posso garantir que cada um à sua maneira, vive este momento de uma forma muito especial como se o Natal não fosse o mesmo se não se cumprisse esta tradição.


Pastel de Nata e leite com chocolate no Martinho da Arcada

A noite a cair em Lisboa. Esta cidade é realmente linda em qualquer altura do dia




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